terça-feira, 30 de novembro de 2010

52º alvorecer - Festival de Cinama Baiano




Favor divulgar!

1º Festival de Cinema Baiano vai movimentar Ilhéus em janeiro

Inscrições para oficinas e produções independentes já estão abertas

O 1º Festival de Cinema Baiano (FECIBA) vai mobilizar Ilhéus e sul da Bahia entre os dias 9 e 13 de janeiro de 2011. O circuito de exibição vai abranger o Teatro Municipal de Ilhéus, o Cine Santa Clara e a Fundação Cultural de Ilhéus. Serão apresentadas produções baianas nunca antes exibidas na região, além de bate papos com realizadores do cinema baiano. As inscrições para oficinas e mostra paralela de produções independentes já estão abertas.

O FECIBA vai dar espaço para os produtores independentes exibirem seus vídeos. Na Mostra Paralela serão exibidos 20 curtas-metragens de, no máximo, 20 minutos em formato DVD. Para participar, os interessados devem adquirir o passaporte e enviar seu vídeo até o dia 20 de dezembro para o endereço: Rua Daniel Leão, nº 20, bairro Manoel Leão, Itabuna-BA, CEP 45 601-010.

Também estão abertas as inscrições para três oficinas gratuitas de capacitação em audiovisual. As vagas são limitadas. A Oficina de Roteiro será ministrada por Clarissa Rebouças, roteirista de peças de teatro, documentários e ficção, graduada em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Tecnologias e Ciências e especialista em roteiro pela UNIJORGE, ambos os cursos de Salvador. A Oficina de Produção será ministrada por Paula Gomes, produtora cultural, roteirista e diretora de diversos filmes atuais do cinema baiano, com destaque nacional e internacional; estudou Cinema e TV na Escuela Septima Ars de Madri e se especializou em direção e produção no CPF – SICA, em Buenos Aires. E a Oficina de Direção de Arte será ministrada pela cenógrafa e diretora de Arte, Carol Tanajura, que atuou em diversos longas-metragens, como “Eu me lembro”, de Edgard Navarro e “Trampolim do Forte”, de João Rodrigo Mattos, além de atuar também em curtas-metragens. Os interessados já podem se inscrever. Basta preencher a ficha disponível no site www.feciba.com.br e depois encaminhá-la junto com o currículo para o e-mail: festivaldecinemabaiano@gmail.com. Os inscritos serão selecionados mediante apresentação de currículo e proposta de intenção para participação.

Cinco dias de cinema em Ilhéus

O FECIBA vai promover exibições de longas-metragens na Mostra Atualidade, com os filmes premiados na safra mais recente do cinema baiano; na Mostra Retrospectiva, com os filmes que fizeram parte da história do cinema da Bahia; e na Mostra Sexualidades, com espaço para o debate sobre o cinema, a sexualidade e a sociedade. A curadoria das Mostras de longas-metragens é realizada por Renata Hasselman, que atua na área de produção em audiovisual e eventos de difusão.

Será realizada também uma Mostra Competitiva de curtas-metragens, cuja curadoria é feita pela Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV), e vai premiar com R$ 2 mil, R$ 1mil e R$ 800,00 o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, e com R$ 500,00 para duas menções honrosas. Todos os premiados serão escolhidos por meio do voto do público presente.

A programação do FECIBA será publicada em breve no site. Além de filmes, o público vai poder participar de bate papos com convidados reconhecidos que fazem o cinema baiano, para discutir o tripé da cadeia produtiva do audiovisual, localizando as produções baianas nesse contexto.

O FECIBA traz para o sul do estado um panorama das produções audiovisuais da Bahia. Para participar, basta adquirir o passaporte que dará acesso a todas as sessões no valor de R$ 15,00 até o dia 20 de dezembro. No dia do Festival, o bilhete para cada sessão custará R$ 5,00. O evento é uma realização do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Panorâmica Produções e tem o apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do edital de Apoio à Realização Mostras e Festivais Audiovisuais, do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia.

Para mais informações sobre o Festival, acesse: www.feciba.com.br.

Tacila Mendes
Ascom FECIBA

51º alvorecer - Haikai e as lições naturais(parte 23)

Gustavo está fazendo uma pesquisa sobre o Haikai na Bahia e Carlos Verçosa vem contribuindo para a robustez do que há de vir. Achei esse texto de Carlos primoroso, muito fluido, bem humorado, harmonioso, pontual, rico, simples. Que texto bom de ler!


Pitada de Pitacos do Carlos Verçosa I I


Pitada de pitacos
para a receita de Gustavo Felicissimo:“Dendê no haikai – Aspectos do Haikai na Bahia”,
tese em andamento aumentativo
[Tomo II]
Carlos Verçosa


Sempre é o espírito que acerta,
o espírito que mata. Pontaria
é um talento todo na ideia."
GUIMARÃES ROSA (1908-1967)
[in Grande Sertão: Veredas]

“As fontes da poesia são:
espontaneidade, intuição
e aperfeiçoamento espiritual.
Elas se alcançam pela visão direta
e não na projeção do ego
num bom hokku.”
MATSUO BASHÔ (1644-1694)


Uns e Outros

Naturalmente, na Bahia, os primeiros nomes importantes a serem lembrados para a viagem que você fará nesta quase centenária estrada do haikai são os de Oldegar Vieira (1915-2006) e Abel Pereira(1908-2006 ), além do pioneiríssimo Afrânio Peixoto (1876-1947).
Aqueles pelo elevado grau alcançado em sua arte haikai, e, este, pelas entradas e bandeiras do haikai no Brasil e nas Américas, demonstrando sua visão aguçada e avançada para o seu tempo.
Mas claro que vale documentar, também, a existência de todos os demais autores que se dedicaram ou que se dedicam ao haikai por aqui, ainda que esporadicamente.
Trata-se, naturalmente, de uma lista incompleta, pois muitos são os apontamentos e registros existentes, tanto de haikaistas confessos como daqueles que o praticam sem sabê-lo ou que se aproximam do espírito haikai.
Daí, que irei citar, inicialmente, os primeiros nomes que me ocorrem, prometendo enviar-lhe novas dicas sempre que as tiver da baianada.

Por isso incluo, nesta lista, alguns exemplos dos haikais (e de ‘quase haikais’) selecionados, entre uns e outros:
* uns bons haikais, outros, tentativa de haikai;
* uns usando título, outros como deve ser o haikai, sem título;
* uns com o uso de rimas e até com o uso de rimas internas e externas, outros com versos livres;
* uns ainda com métrica rigorosa e absoluta, outros com versos sem compromisso de régua e compasso;
* uns com kigô, outros sem kigô;
* uns concretos, outros abstratos;
* uns com três versos, outros com dois, quatro e até um uma linha;
* uns em maiúsculas, outros em minúsculas;
* uns alinhados à esquerda, outros centralizados ou à direita;
* uns formais na fôrma rigorosa dos três versos, outros na forma livre de espacialização poética;
* uns riso, outros lágrima;
* uns haikai, outros haicai.

Uns assim, outros assado. Não importa. O importante não é apenas a seta no centro do alvo. Às vezes o tiro irregular do arqueiro é mais importante por preservar a mosca.
[Na arte cavalheiresca do arqueiro das palavras precisas e certeiras que vêm das minas gerais – e das veredas: grande sertão – a lição de boa pontaria se justificava porque ali as flechas de chumbo eram atiradas com o espírito.]
Vale o repeteco da sabedoria da epígrafe:

Sempre é o espírito que acerta, o espírito que mata. Pontaria é um talento todo na ideia."

Outra flecha nonada do nosso maior escritor:

"O silêncio, é a gente mesmo muito."


O nome da rosa dessa boa pontaria é teoria que só se consegue na prática, na muita prática. Assim, também com o haikai.
[Aliás, acho que vale a pena lembrar: Guimarães Rosa foi também haikaista. E dos bons. Só não entrou na primeira edição de “Oku – Viajando com Bashô”porque não obtive autorização para tal.]
Explico. À época, 1995, tentei descolar uma cópia do primeiro livro de Rosa,“Magma” (premiado no concurso da Academia Brasileira de Letras em 1936).
Existiam, confirmados, apenas três exemplares datilografados pelo autor – um deles em mãos do escritor e bibliófilo carioca Plinio Doyle (1906-2000).
[Era aquele que promovia os famososSabadoyles, reunindo escritores na sua casa todo sábado – entre doces e salgados – para molhar as palavras e jogar conversa fora junto às boas vibrações dos quase 30 mil livros, fascículos e raridades da sua biblioteca.]
Plinio Doyle me confirmou, para minha alegria, que havia, realmente, uma seção específica de haikais no primeiro livro de Rosa – “Magma” – que, apesar de premiado pela ABL em 1936, sua existência e ineditismo – lendário e mal justificado – eram um mistério até então.
Porém – há sempre um porém – Doyle alegou que, por decisão dos familiares de Guimarães Rosa, enquanto persistisse uma pendenga judicial entre a eles e a editora (que pretendia incluir “Magma” na obra roseana completa), nada do seu conteúdo poderia ser revelado.

Plínio Doyleme leu, por telefone, alguns desses haikais (claramente assim identificados pelo autor e todos eles com título), sob a condição de que eu deveria respeitar a vontade dos Rosa e o seu pedido.
Curiosidade saciada, pesquisa que deu frutos, dica confirmada, mas, como deixarRosa fora do livro?
Cheguei mesmo a pensar em publicar haikais que eu havia ‘pescado’ na sua obra (ele passou efetivamente a inseri-los no contexto da sua prosa poética já no estouro da boiada das palavras de“Sagarana”), mas desisti.
Resultado: “Oku” saiu sem a necessária presença de Guimarães Rosaentre os escritores brasileiros identificados como haikaistas e, um ano depois (1997), pendenga judicial acordada, eis “Magma”, finalmente nas livrarias de todo o país.
O livro da poesia de estreia deGuimarães Rosa(publicado tardiamente, 41 anos depois, em 1967) trazia todos os haikais que eu tinha escutado de Plinio Doyle pelo telefone e alguns mais.
Fiquei de bem com ele, que gostou e escreveu palavras carinhosas sobre meu livro, mas de mal com os leitores de“Oku” pela omissão dessa informação importante. E, principalmente, de mal comigo mesmo pela vacilada de não ter incluído pelo menos os haikais roseanos identificados e dispersos nos seus demais livros.
[“Magma” foi, portanto, nas minhas contas, o terceiro livro de haikaisescrito no Brasil, considerando a obra antecipatória de Afrânio Peixoto, in “O ‘haikái’ japonês ou epigrama lírico – Ensaio de naturalização” (revistaExselsior, jan. 1928), reproduzida no livro “Missangas” (1931) e a publicação do livro “Haikais” (1933), do escritor paulista Waldomiro Siqueira Jr.]
Olha aí alguns haikais retirados das páginas magmas deste haikaista brasileiro pioneiro, que foi o grande Guimarães Rosa:


Turismo sentimental

Viajei toda a Ásia
ao alisar o dorso
da minha gata angorá...


Imensidão

Cheiro salgado
de um cavalo suado.
Quem galopa no mar?…


Romance - I

No cinzeiro cheio
de cigarros fumados,
os restos de uma carta…


Turbulência

O vento experimenta
o que irá fazer
com sua liberdade…

Mundo pequeno

O albatroz prepara
breve passeio
de Pólo a Pólo…

Como quem procura acha, basta mergulhar de cabeça na obra roseana, pois que há muitas sacadas, aqui e ali, onde haikais nacarados estão incrustados na concha dos textos, esperando só serem sacados para brilharem. Exemplos:

é num minuto de segundo
que a paineira branca
se enfolha

*
um vaga-lume
lanterneiro que riscou
um psiu de luz

*

Deitado no chão, fofo de tantas chuvas
Acompanho as pontas de cipó que oscilam,
O respirar das folhas…

*
entre as folhas
de um livro-de-reza
um amor perfeito cai

Isso aí. Como ensina esta rosa do Rosa:

“Atirei. Atiravam. Isso não é isto?
Nonada. A aragem.”

Resumindo. O poeta traça o (caminho) do haikai pelas sendas que fazem o cotidiano e busca a poesia na esperança de que seja simples, sensível, iluminada.
Mas, errante navegante, o poeta erra. Erra mais e mais, muito mais, do que acerta. Há sempre uma pedra no meio do caminho do poeta.
Por isso, desconfiado das palavras que escreve – que não conseguem transportar fielmente nem a natureza e nem própria sensibilidade entre as pedras de sua trilha – ao poeta resta apenas continuar praticando, continuar aprendendo. Experimentando sempre.
Vale a tentativa. A procura da jóia do trigo em meio ao joio.
Algumas vezes, poucas vezes, brota um bom haikai no terreno árido dessa longa estrada.
Mas o poeta não se apega a ele: sai logo em busca de outro. De uns e outros.

////// C’EST FINI LE TOME II //////


blog de Gustavo, de onde retirei o texto: http://sopadepoesia.blogspot.com

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

50º alvorecer - Diálogos (2º edição)


Dia 11 de Dezembro acontecerá em Ilhéus o lançamento da 2º edição de Diálogos. O livro, primoroso em sua seleção, traz um panorama da nova poesia grapiúna.
Tive a honra de ser convidado a participar com alguns haikais na 1º edição do livro organizado por Gustavo. Eram cinco haikais, agora serão sete.

Fomos agraciados, na primeira edição, com uma verdadeira aula no prefácio escrito por Ildásio Tavares, agora teremos outro ilustre prefaciando a segunda edição: trata-se do mestre Jorge de Souza Araújo.

Depois dessa, deixo a palavra pra Daniela.

Não digo mais nada!



"Boas novas nas terras do sul da
Bahia!

Lançamento da 2a. edição da
antologia DIÁLOGOS: PANORAMA DA NOVA POESIA GRAPIUNA, organizada por Gustavo Felicíssimo,
com poemas de Daniela Galdino, Piligra, George Pelegrini, Rita Santana, Mither
Amorim, Noelia Estrela, Andre Rosa, Heitor
Brasileiro, Edson Cruz, Fabrício Brandão...

Programação para 11 de dezembro de 2010:
- Lançamento da
antologia, na Academia de Letras de Ilhéus, com os professores Jorge Araujo e
Aleilton Fonseca (UEFS), as 18:30. O livro será vendido a R$ 20,00.

- Encerramento
do projeto Rock e Poesia, com Infected Minds e Rubem Garcia 

- Jam Session,
com as bandas e poetas do Rock e Poesia II, a partir das 21:30, na Casa dos
Artistas, Ilhéus.

Conto com a sua presença! Em
breve, material oficial de divulgação."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

49º alvorecer - Nota de repúdio

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC
NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BAIANOS REGIONAIS - KÀWÉ


Por se constituir uma Universidade, a UESC não pode se esquivar de reconhecer raízes da concepção e formas de expressão da cultura regional. Nesse sentido, faz-se necessário seu envolvimento com os sujeitos, atores e segmentos sociais de seu território de abrangência.
O Kàwé – Núcleo de Estudos Afro-Baianos Regionais busca dialogar com a realidade sócio-cultural da Região Sul da Bahia em consonância com os objetivos da UESC, voltado para a construção do conhecimento sobre afrodescendentes.
Recentemente fomos surpreendidos pela notícia de domínio público sobre a agressão policial sofrida pela Sr.ª Bernadete Ferreira de Souza, do assentamento D. Helder Câmara, na localidade de Banco do Pedro, Ilhéus, BA, pessoa iniciada na Religião do Candomblé.
  Relatam as notícias que a Sr.ª Bernadete, Ialorixá do TerreiroIlê Axé Odé Omim Uá, sofreu vilipêndio moral e físico por parte de policiais militares do Batalhão 70.ª CIPM, de Ilhéus, BA, sob a acusação verbal de que havia, no assentamento do qual a Sr.ª Bernadete faz parte, uma suposta carga de drogas e armas enterradas. Segundo as notícias veiculadas, a invasão ao território e ao domicílio da assentada não tinha autorização judicial. E a violência desencadeada contra aquela Senhora se deveu à sua resistência ao ato que se configurava como invasão.
Bernadete foi presa e conduzida à cadeia, após ser arrastada pelos cabelos e depositada em cima de um formigueiro. Segundo as notícias, os policiais agiram assim sob alegação de que o procedimento tinha como objetivo “retirar o Satanás” que estava possuindo Bernadete, pois a mesma, no meio do conflito, entrou em transe de orixá.
Os estudiosos e pesquisadores do Kàwé afirmam publicamente sua indignação e protesto contra tal ato de bárbara selvageria contra a mulher, contra a mulher negra, contra a religião do Candomblé, contra os afrodescendentes.
 Os integrantes do Kàwé entendem que, se a sociedade civil e as estâncias de poder constituído não fizeram frente a tal estado de coisas, a civilização sucumbirá ao peso da ignorância, da prepotência, do preconceito, da arrogância, do poder de mando e da discriminação que se mostraram evidentes nesse episódio, no Sul da Bahia.
Se aqueles que têm a obrigação de defender e proteger os cidadãos, mantidos com recursos oriundos de nossos impostos, agem assim, a quem recorreremos diante da violência assoladora?

Campus Soane Nazaré de Andrade, 9 de novembro de 2010
Equipe Kàwé

Bernadete Souza exibe as marcas das picadas das formigas
"nota retirada do blog de Daniela:http://www.operariadasruinas.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

48º Alvorecer - Haikai e as lições naturais(parte22)







o poeta é um bicho

que capina sentido

no chão das palavras








tela: O lavrador de café (Cândido Portinari)

47º Alvorecer - O de melhor

... aí na adolescência descobri uma turma aqui da área amadurecendo umas idéias. Botei fé na galera e continuo botando até hoje. Essa barca vem produzindo coisas em quantidade e qualidade que julgo entre as mais ousadas das terras d'Cabral. Falo do som do O Quadro, Mendigos, Dr. Imbira, Improviso Nordestino, Manzuá, alinhavados com os trabalhos dos poetas, de Brais... Um caldo consistente!! São tempos de muita criatividade e integração.
Alelujah!


Aqui um vídeo do Dr. Imbira produzido por estudantes de Comunicação da UESC:




Logo abaixo um texto de Daniela, registrando momento de um dos melhores projetos que vêm rolando nos últimos anos na região:

POESIAS ESCORREM PELAS MINHAS PERNAS

Acordes emitidos pela ação masculina ecoaram, estrondosamente, pela Casa dos Artistas. Era sábado indeciso: um calor que abafava as melhores das intenções dividia o tempo com uma chuva insistente. Coisas do sul da Bahia. 13 de novembro, por pouco, não caiu numa sexta-feira...
Muitos imprevistos pelo meio do caminho: Itabuna – essa triste cidade – sem energia elétrica no início da noite. Dificuldades para rumar em direção a Ilhéus. Cheguei no escorrimento da hora, nos derradeiros minutos, exalando tensões de atrasamentos. Diálogos adiados para que a constituição da cena fosse experimentada. Uma rápida pausa na Barrakitika. Percebemos a insuficiência de qualquer verbo e...



Subimos ao palco do teatro Pedro Matos – como não lembrar de Pedro?. Dividimos mais de uma hora com intensidade de sem ponteiros. Eram acordes masculinos e palavra de mulher. O verbo e a lâmina. Sincronicidade de desconhecimento de guerra entre sexos. Pura extasia. O poema requisitava a música, a música atraía o poema. Vivenciamentos ainda não imaginados, muito sob a sem lei do agora. Ainda bem... a abertura do desconhecido se fez.
Foi como a experimentação de pisar em estrelas sem cuidado e com muito apreço... Eis como dividi o palco com os rapazes do Dr. Imbira (Cabeça, Sonoro, Murilo, Alberth) no Rock e Poesia II...

Que venham os próximos sábados, com:
Entropia e Piligra – 20/11
Ricardo Maciel/Convidados e Heitor Brasileiro - 27/11
Meu amor e uns centavos e George Pelegrini – 04/12
Infected Minds e Rubem Garcia – 11/12

Para quem não se fez presente no dia 13/11, eis o link para escutar o rock do Dr. Imbira: http://www.myspace.com/drimbirarockandroll