quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

12º alvorecer - Haikai e as lições naturais (parte 6)



Passa a mocidade...
e incerto, à frente,
o deserto cheio de saudade...


(Abel Pereira)



LAMENTÁVEL: CENTENÁRIO DE ABEL PEREIRA PASSA EM BRANCAS NUVENS

Abel Pereira, poeta e jornalista, nasceu na cidade de Ilhéus, em 10 de Dezembro de 1908, portanto, hoje é o dia do seu centenário, data que deveria ser entusiasticamente celebrada pela Academia de Letras de Ilhéus, entidade da qual foi seu fundador e primeiro presidente. No entanto, apesar dos esforços que empreendemos nesse sentido, parece-nos que tal data passará em brancas nuvens. Abel ainda foi membro de várias instituições como o Instituto Histórico, Associação Brasileira de Imprensa, União Brasileira dos Escritores, entre outras. Colaborou com diversos periódicos como o Diário da Tarde, de Ilhéus, O Intransigente, de Itabuna, A Voz de Itabuna, A Tarde, de Salvador e com a revista Leitura, do Rio de Janeiro. Deixou quatro livros publicados: Colheita (1957), Poesia até Ontem (1977), Mármore Partido (1989) e Haikais Vagaluminosos (1989), todos de Haicai.Antes de Abel Pereira, apenas três outros poetas haviam publicado livros exclusivamente de Haicais no Brasil, não dois, como afirma Olga Savary no posfácio de Mármore Partido. Waldomiro Siqueira Jr. foi o primeiro, em 1933 publicou o livro “Hai Kais”; Oldegar Vieira, o segundo com Folhas de Chá (livro que urge ser reeditado), em 1940; seguem-se Osório Dutra, com Emoção, em 1945 e Abel Pereira, com Colheita, em 1957.Sobre “Colheita”, manifestou-se o poeta de Passárgada, Manoel Bandeira, dizendo: “Abel Pereira é um craque do haicai. Desde o primeiro, são cento e noventa e três estremecimentos, murmúrios ou rastros de perfume.”



Texto de: Gustavo Felicíssimo

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