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canção magna de Lula Queiroga e Pedro Luís
foi durante um bom tempo, cume
ponto alto das apresentações da Manzuá (banda em que toco)
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Apresentavamos a música enroscada no poema de Adélia Prado
e não me privarei de elogiar
a interpretação dada por Brisa
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Por não ser cruel, te poupo tempo e transcrevo o texto:
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A Serenata
Uma noite de lua pálida e gerâneos
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobro
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo os dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de qe modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerâneos e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
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